Evite os exageros.
A maioria dos ovos de páscoa comercializados nas grandes redes varejistas do país apresenta, em cada porção (25 gramas), teores de gordura e de açúcar superiores a 20% do limite diário considerado saudável. A constatação faz parte de uma pesquisa realizada por uma equipe de nutricionistas da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste).
Ao todo, foram avaliadas 30 marcas – 13 infantis e 17 voltada aos adultos – dos principais fabricantes do produto. Em todos os ovos, foram encontrados índices acima do previsto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, no caso dos adultos, o consumo diário de até 50 gramas de açúcar. Já para as crianças de até três anos, o ideal é que sejam consumidos no máximo 14 gramas por dia.
Segundo a nutricionista da Pro Teste, Manuela Dias, o objetivo da análise é alertar principalmente os pais sobre a necessidade de controlar o consumo dos chocolates nessa época do ano.
“Não é preciso proibir a criança de comer ovo de páscoa, mas os pais devem estar atentos para evitar exageros. Um ovo de páscoa tem, em média, 150 gramas. Se a criança comer tudo de uma só vez estará ingerindo uma quantidade de açúcar e de gordura muito superior ao que ela precisa e isso pode gerar problemas de saúde a médio e longo prazos”, afirmou.
A nutricionista destacou que o consumo excessivo desses elementos pode desencadear a obesidade infantil e contribuir para o aparecimento de doenças associadas, como diabetes, colesterol alto e hipertensão.
Ela informou, ainda, que a entidade pretende notificar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o resultado do levantamento e cobrar a criação de uma legislação específica que limite a adição de açúcar e gordura nesses alimentos.
“Hoje, os fabricantes podem adicionar aos ovos o quanto quiserem desses elementos de modo a torná-los mais atrativos aos consumidores. Esse parâmetro é importante em produtos como o chocolate”, defendeu.
A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os ovos produzidos por suas associadas seguem todos os padrões de qualidade e segurança alimentar aplicáveis ao setor. Além disso, a entidade argumenta que os produtos indicam, com clareza e exatidão, a sua respectiva lista de ingredientes e composição nutricional e que devem, como qualquer outro alimento, ser consumidos como parte de uma dieta balanceada.
Fonte: www.diariodasaude.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário